domingo, 9 de novembro de 2014

Ferramenta para a economia de tempo: Fast Food



O mundo capitalista exige das pessoas o proveito máximo do tempo, como foi dito na postagem passada. Assim, a alimentação segue o mesmo raciocínio, sendo dedicado à mesma o menor tempo possível, tanto no preparo como na ingestão em si. Isso faz com que cada vez menos a alimentação se identifique com o universo doméstico. Assim, o food service (o termo utilizado para refeições preparadas fora do lar e que abrange as refeições realizadas nos locais de trabalho, lazer, em hotéis e hospitais, refeições consumidas no domicílio, porém preparadas em outro local) difundiu-se e continua difundindo-se constantemente.

Dentro do food service, surgiu também o fast food, que além de disponibilizar comida fora de casa, o faz de maneira rápida, atendendo então à maior necessidade do mundo moderno. Têm-se para esse termo algumas definições, como:

“Modelo de produção industrial de comida desenvolvido inicialmente nos Estados Unidos, segundo os princípios fordistas, comercializados por empresas transnacionais em grandes redes de franquias.”

“Sistema alimentar que se configura como moderno e marcado pelo consumo preferencial de alimentos industrializados, pelo comer fora de casa e pelo uso de muitos eletrodomésticos na cozinha doméstica.”

E a mais encontrada na literatura sobre o assunto:

“’ Comida rápida’ ou todo tipo de comida que é servida num menor tempo possível porque já se encontra preparada para servir ou para rápida finalização”.

Esse tipo de alimentação, hoje tão difundido na sociedade, tem como característica a composição essencialmente feita por industrializados. Em geral, oferece-se um combo com comida suficiente para atingir a saciedade, com hambúrguer, batatas fritas e refrigerante, apesar de ter havido uma maior diversificação no ramo de fast foofs, incluindo cachorros-quentes, esfihas, entre outros. Estes alimentos tendem a ter em sua composição baixo teor de vitaminas, minerais e fibras e alta concentração de gordura saturada, colesterol, açúcar e sódio, além da presença considerável de gorduras trans, sobre a qual já falamos e discutimos seus malefícios.

O alto teor de gorduras, ou seja, de lipídios, faz com que os mesmos sejam acumulados nos adipócitos e aumenta o nível de colesterol do sangue, causando doenças como obesidade e aterosclerose. O sódio, apesar de muito importante para o corpo no equilíbrio hídrico, na irritabilidade muscular, entre outros; quando em níveis extremamente elevados, como acontece nas comidas fornecidas por restaurantes faz food (muitas vezes mais de 200% da recomendação diária) está relacionado ao aumento da pressão arterial, doenças cardiovasculares, doenças renais, entre outras doenças crônicas. Além disso, ainda interfere na absorção e metabolismo do cálcio, podendo ter impacto negativo na saúde óssea. 

Já a grande quantidade de açúcar ingerido vai ser utilizada pelo organismo e o excesso é enviado para o fígado, que transforma a glicose em glicogênio e ela fica armazenada em nosso fígado, aumentando a concentração de glicogênio. Se a concentração de glicose no sangue continuar em excesso, o organismo começa a converter a glicose em triglicérides, que serão armazenados na forma de gordura. Assim, a ingestão elevada de açúcar tem os mesmos efeitos da ingestão elevada de lipídios.

Esses alimentos têm, portanto, uma composição nutricional bastante prejudicial e pobre, tendo em falta nutrientes básicos da alimentação diária. Uma alimentação excessiva a partir desse tipo de alimento pode levar a graves consequências para todo o organismo, como obesidade, doenças coronarianas, hipertensão, diabetes, entre outras.


Essas consequências podem surgir em curto prazo, como é mostrado no documentário “Super Size Me”, onde o diretor e ator principal Morgan Spurlock decide fazer uma dieta unicamente de lanches de uma das redes mais conhecidas de fast food, o Mc Donald’s, durante 30 dias. Ele era saudável e magro, media 188 centímetros de altura e pesava 84,1 quilos. Terminado o prazo, Morgan estava com 11 quilos a mais, disfunção hepática, sintomas de depressão e altíssimos níveis de ácido úrico. O documentário comprova, então, os prejuízos dos alimentos fast food para o corpo. 

Referências:

http://books.scielo.org/id/9q/14

http://assesc.edu.br/download/4-jornada-academica/Fast_food.pdf

http://profannaluisa.blogspot.com.br/2013/10/resenha-do-documentario-super-size-me.html

http://www.brasilescola.com/saude/glicose.htm

http://www.rgnutri.com.br/alimentos/minerais/sodio.php

8 comentários:

  1. Os meios mais fáceis nem sempre são os mais nutritivos, as comidas rápidas, fast foods, tem alto valor energético e baixíssimo valor nutricional, ou seja alto teor de gorduras, carboidratos e sais, como o sódio, em contrapartida baixa ou nula concentração de vitaminas, fibras e outros sais. A obesidade e doenças relacionadas são antecipadas em pessoas que cultivam o hábito de se alimentarem com essas refeições altamente energéticas. Retomando ao assunto proposto no blog, o capitalismo pressiona o consumidor a consumir esses produtos em redes multinacionais como Mcdonalds e Bob’s, através de campanhas de marketing que camuflam o risco potencial de seus produtos, essas empresas tem um alto faturamento, somente no Brasil a marca Mcdonalds faturou US$ 1,842 bilhão, em um lado oposto há o crescimento de empresas que também fornecem comidas rápidas e que inovam a oferecer alimentos com um valor nutritivo maior, o que favorece o corpo na balança, como o Subway, e como a empresa define, alia a rapidez do fast food com o princípio de uma vida saúdavel.


    Fontes:
    http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2014/03/11/brasil-responde-por-quase-metade-do-faturamento-do-mcdonalds-na-al.htm

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  2. Atualmente no USA ir a qualquer lugar onde haja aglomeração de pessoas, especialmente shoppings, supermercados, estádios, cinemas, etc., é assistir a um espetáculo tragi-cômico de verdadeiras procissões de uma multidão balançando seus corpanzis, em geral comprimidas em roupas que não conseguem disfarçar aquilo que para eles já está se tornando "normal".

    Mas para os serviços médicos do governo e da Organização Mundial da Saúde, a obesidade é classificada como doença epidêmica, tanto que os planos de seguro-saúde geralmente se negam a aprovar os contratos de assistência aos portadores de sobrepeso devido as várias e graves complicações geradas por consequência da obesidade, como diabetes, cardiopatias, doenças respiratórias, câncer, estresse, entre outras, atingindo não só os adultos como também as crianças desde a mais tenra idade.A revista Time fez uma reportagem especial que aponta todo o drama vivido hoje quase um terço da população que sofre com o problema das doenças causadas pela indesejável carga de gordura que a pessoa se vê obrigada a carregar. O título da reportagem seria até cômico, se não fosse trágico: "Estados Unidos dos Obesos". A reportagem revela os múltiplos danos da epidemia de sobrepeso que atinge cerca de 70 milhões de pessoas (o equivalente às populações da Argentina, Paraguai e Uruguai juntas), mais ou menos 1/3 da população total do USA. O fato é que esse efeito colateral provocado pelo próprio imperialismo e sua máquina de propaganda consumista se tornou um dos muitos e dos maiores problemas que a sociedade capitalista ianque enfrenta nestes tempos de crise e decadência. Dessa forma a podre sociedade ianque continua afundando, valendo-se da gula e da desinformação para sustentar um negócio cuja lucratividade se baseia em vender a comida e envenenar o povo.

    http://www.anovademocracia.com.br/no-60/2545-o-capitalismo-tambem-mata-pela-boca

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  3. Na maior parte das vezes, os alimentos de Fast-Food são desprovidos de nutrientes básicos para o bom funcionamento do corpo humano, e fartos em gorduras e açúcares. A atual sociedade, na qual as pessoas têm pouco tempo para realizar atividades pessoais, inclusive para comer, produz, a cada dia, mais consumidores deste tipo de alimento, e aumenta as taxas de obesidade e outros problemas alimentares, como até mesmo a desnutrição.

    Muitas crianças crescem em meio às redes de Fast-Food, que vêem nos pequenos um potencial grupo de consumidores. Comidas muito saborosas, com muitos elementos como molhos, frituras, queijos e nas sobremesas sorvetes, caldas, chocolates, enfim, uma enorme lista de ingredientes sedutores que fascinam até mesmo adultos, o que faz das crianças alvos fáceis de serem persuadidos.

    A comida rápida e de baixo custo dos Fast-Food está cada vez mais incorporada aos hábitos alimentares do indivíduo pós-moderno, no entanto os perigos envoltos neste tipo de prática estão gradativamente maiores. Os índices de doenças coronarianas, obesidade e diabetes na atualidade aumentam a cada ano, chegando a níveis preocupantes. O sedentarismo, atrelado à mesma falta de tempo para realizar as refeições e outras atividades desvinculadas do ambiente profissional, é mais um agravante da situação. A saúde do ser humano contemporâneo está sendo deixada de lado em virtude do mercado de trabalho cada vez mais exigente e detentor do tempo do indivíduo.

    http://www.infoescola.com/saude/maleficios-do-fast-food/

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  4. Fast food é uma expressão utilizada para se referir a todo alimento preparado em um pequeno intervalo de tempo e consumido por conveniência, como sanduíches e pizzas. De fato, esse hábito alimentar se tornou um elemento cultural em alguns lugares, especialmente nos Estados Unidos, fato criticado desde o final do século XX. Um dos piores perigos desse hábito foi comprovado através dos dados demonstrando a obesidade dos americanos: Entre 1988 e 1994, 23% dos habitantes do país podiam ser caracterizados clinicamente como obesos. Em 1999, esse número subiu para 30%.
    Além de uma refeição dessas ser extremamente calórica (um sanduíche, um refrigerante médio e algumas batatas fritas possuem em torno de 1500 Kcal), correspondendo à grande parte do que deveria ser ingerido num dia, pode causar problemas de saúde. A grande quantidade de gordura presente nesses alimentos pode elevar os níveis de colesterol, aumentando o risco de doenças coronarianas. Além disso, o açúcar presente nesses alimentos pode ter uma ligação direta com doenças cardíacas e diabetes.
    Segundo o estudo Desenvolvimento do Risco Arterial Coronário em Jovens Adultos feito nos Estados Unidos, a obesidade é responsável por cerca de 300 mil mortes no país, e a cultura do fast-food é, provavelmente, o principal responsável por isso.
    Reflexo da cultura da pressa e do "tudo ou nada" pelo mercado de trabalho, cada vez mais pessoas se expõem aos riscos da obesidade e das doenças crônico-degenerativas resultantes, e portanto, o Ministério da Saúde, juntamente com medidas regionais municipais, devem estabelecer medidas de controle das propagandas desses produtos, no que se refere à alienação de crianças (ausência de senso crítico pleno), além da promoção de saúde das populações, buscando a estabilidade da segurança alimentar e o desenvolvimento de atividades físicas.

    FONTE:
    http://www.mundoeducacao.com/saude-bem-estar/perigos-fastfood.htm

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  5. A postagem, mais uma vez trouxe um tema intrinsecamente relacionado ao Capitalismo e que interfere de forma negativa na saúde de uma boa parte da população que ingere tais produtos com frequência: Os “Fast-foods”. Uma das explicações primordiais do motivo da disseminação desse tipo de fornecedora de alimentos, é que o tempo se tornou um fator de valor principal, e, por isso, as sociedades, majoritariamente as ocidentais, se tornaram muito apressadas. Um reflexo dessa “correria” é encontrado na alimentação, nos chamados fast-foods (do inglês, “comida rápida”), que de fato, tornou-se um terrível e pouco saudável elemento cultural, e aumentou em muito a obesidade no povo americano, que em 1999, já atingia 30% das pessoas, aumento súbito esse, que caracteriza um grave problema de saúde pública, que, como o texto mostrou, fica bem claro no filme “Super size me”. Além disso, os fast-foods produzem resultados negativos para a bioquímica do corpo, na medida em que se mostram extremamente calóricos, correspondendo à grande parte do que deveria ser ingerido num dia, e podendo causar problemas de saúde, como por exemplo, o aumento dos níveis de colesterol, (em decorrência da grande quantidade de gordura presente nesses alimentos), aumentando o risco de doenças coronárias. Além disso, o açúcar presente nesses alimentos pode ter uma ligação direta com doenças cardíacas e diabetes.
    Diante disso, medidas governamentais que aumentem, por exemplo, a informação ao cliente da tabela nutricional do que ele está ingerindo, associada a programas de conscientização, poderiam ser uma solução para este problema tão sério e que ocasiona a morte de tantas pessoas. Aguardo novas postagens.

    Fonte:
    http://www.mundoeducacao.com/saude-bem-estar/perigos-fastfood.htm
    http://www.infoescola.com/saude/maleficios-do-fast-food/

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  6. Os fast food estão no "coração do Estados Unidos". É fácil encontrar programas centrados em fast food que obtêm audiência considerável, como ManvsFood. Existem até mesmo os desafios,em que porções gigantescas de uma comida gordurosa (cerca de 1kg) é oferecida, com premiações àqueles que conseguirem comer tudo dentro do tempo permitido. Parece uma loucura, mas há quem encare essa loucura.
    A ideia de alimentação ideal entra em conflito com o sabor e a facilidade. Novas e novas cadeias de fast food se aproveitam, como novos alimentos gordurosos e pouco nutritivos.

    Isso pode ser visto como uma falta de informação. O excesso de um alimento sempre faz mal ao organismo, sendo um dos motivos para isso a perda de variabilidade nos nutrientes. O problema agrava-se ao considerarmos comidas com alto teor de lipídios e poucas vitaminas. A regulação do organismo é afetada, a obesidade surge e todos os problemas intrínsecos a ela.
    Há uma necessidade contínua de combate a esse comportamento exagerado.

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  7. O documentário "Super Size Me" é uma excelente produção juntamente com a produção do texto acerca das repercussões dos "fast food" na padrão de consumo alimentar da sociedade moderna.
    Um aspecto bastante salientado e que merece ser revido em parte é a relação entre o TEMPO e os fast foods: Concordo que no dia-a-dia, o tempo representa uma variável importante e para maximizá-los, prefere-se alimentações mais rápidas (fast foods), mas no futuro as suas repercussões vão "roubar" e até ocasionarem maior tempo em consultas médicas, exames e tratamentos, logo, é um falso ilusório momentâneo a ideia de maximização de tempo. Outro aspecto é o fator social/lazer, em que principalmente os jovens saem para se divertir e direto ou indiretamente destinam-se a um fast food, e nesse ponto não é o tempo que pondera, mas a busca por alimentos X ou Y.
    As combinações apresentam substâncias que funcionam como dependentes em que você precisa continuarmente consumi-las para saciar aquele desejo (vício) e manter aquela sensação de prazer instaurado também por alguns compostos, como o glúten e dopamina.
    Essa alimentação é composta por muitos ácidos graxo trans que conforme destacado por OLIVEIRA*, tem aumentado o risco de doenças cardiovasculares, em especial pelo emprego da gordura vegetal hidrogenada na fabricação de alimentos.

    FONTE:
    OLIVEIRA, Thiago Henrique Sales de; PORTE, Alexandre. A influência dos ácidos graxos trans nas doenças cardiovasculares. UNISUAM

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