Na postagem anterior, foi
introduzida a ideia, entre outras, de que o capitalismo mudou radicalmente o
modo de produção dos alimentos, possibilitando a produção em massa, mas
trazendo para a população diversos perigos para a saúde. Nesse novo modo,
passaram a ser utilizadas algumas ferramentas que aumentam a quantidade e a
durabilidade dos produtos obtidos (mas não necessariamente a qualidade destes),
como agrotóxicos, fertilizantes, transgênicos, máquinas agrícolas e a posterior
industrialização dos alimentos (tópico que será discutido em postagens
subsequentes).

Desmembrado este conceito de que
o atual meio de produção de gêneros alimentícios tem como objetivo final algo
que não o lucro, iremos, hoje, focar nossa discussão em uma ferramenta utilizada
pelas grandes empresas agrícolas: os agrotóxicos.

“Entende-se por agrotóxicos as
substâncias, ou mistura de substâncias, de natureza química quando destinadas a
prevenir, destruir ou repelir, direta ou indiretamente, qualquer forma de
agente patogênico ou de vida animal ou vegetal, que seja nociva às plantas e
animais úteis, seus produtos e subprodutos e ao homem.”
Utilizou-se diferentes tipos desses compostos químicos para o controle
de pragas no decorrer das décadas. Desde compostos inorgânicos e extratos
vegetais nos séculos XVIII, à época do início da mecanização da agricultura,
aos atuais inseticidas orgânicos sintéticos. Um importante inseticida descoberto foi 1,1,1-tricloro-2,2-di(ρ-clorofenil) etano, conhecido como DDT, que deu origem ao termo dedetização. O DDT é classificado como um organoclorado, composto por átomos de carbono (C), hidrogênio (H) e cloro (Cl). As principais características dos organoclora- dos são: insolubilidade em água; solubilidade em líquidos apolares como éter, clorofórmio e, consequentemente, em óleos e gorduras, o que ocasiona o acúmulo do DDT no tecido adiposo dos organismos vivos; e alta estabilidade, pois demora muitos anos para ser degradado na natureza devido à baixa reatividade das ligações químicas presentes no composto em condições normais. Em razão disso, abandonou-se a utilização dos organoclorados em busca de opções menos nocivas. Desenvolveu-se, então, diversos tipos de agrotóxicos (organofosforados, carbamatos, microbiais, entre outros) e continua-se a desenvolvê-los, visto que os organismos criam resistência aos mesmos após certo tempo.
Mesmo com o abandono de compostos como o DDT, os agrotóxicos ainda provocam graves prejuízos para o ser humano, que classificam-se em efeitos agudos (danos notáveis em 24 horas) e efeitos crônicos (resultantes de exposição contínua a doses baixas). As diferentes classes de pesticidas causam diferentes sintomas e problemas ao organismo. Como exemplo, temos os inseticidas da classe dos organofosforados que, bem como os carbamatos, atuam no organismo humano inibindo um grupo de enzimas denominadas colinesterases. Essas enzimas atuam na degradação da acetilcolina, um neurotransmissor responsável pela transmissão dos impulsos no sistema nervoso (central e periférico). Uma vez inibida, essa enzima não consegue degradar a acetilcolina, ocasionando um distúrbio chamado de crise colinérgica, principal responsável pelos sintomas observados nos eventos de intoxicação por estes produtos. Vários distúrbios do sistema nervoso foram associados à exposição aos agrotóxicos organofosforados, principalmente aqueles ligados à neurotoxicidade desses produtos, observados através de efeitos neurológicos retardados. Além disso, foram detectadas evidências de que os herbicidas fenoxiacéticos seriam promotores de carcinogênese (processo de constituição de um câncer) em seres humanos, devido à presença de dioxinas como ‘impurezas’ na sua composição.
É notado, apenas com estes poucos exemplos, a nocividade dos agrotóxicos para a saúde de toda a população, visto que a grande maioria dos produtores agrícolas do mundo utiliza-se cada vez mais esses compostos químicos. É necessária a busca por alternativas viáveis para os mesmos, alternativas essas que não interfiram na saúde humana.
Referências:
Referências:
LUTZENBERGER, J. A. O absurdo da agricultura. São Paulo,
Set./Dez. 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0103-40142001000300007&script=sci_arttext.
Acessado em: 09 out. 2014.
PERES, F. MOREIRA, J. C. DUBOIS, J. S. Agrotóxicos, saúde e meio ambiente: uma introdução ao tema. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: http://books.scielo.org/id/sg3mt/pdf/peres-9788575413173-03.pdf
A agricultura moderna visa, em primeiro plano, o próprio lucro, não dando a devida importância para os impactos sociais e aos pequenos agricultores. O agronegócio mostra-se em um mercado cada vez mais competitivo, e de cunho exportador, visando o superavit das balanças comerciais.
ResponderExcluirDessa forma, é mais rápido e prático o uso de substâncias que, embora contaminem as culturas de alimentos, combatam de forma direta as pragas e os animais que possam interferir negativamente na quantidade de sementes, leguminosas ou frutas a serem colhidas.
O capitalismo é, pois, um dos precursores deste tipo de visão de concorrência selvagem e "amoral", em que o intuito de quem produz é receber o valor daquilo que é gasto acrescido de sua mais-valia, que em muitos casos, vale mais de 100%.
E neste mundo onde mais vale quem tem do que quem pode, somos expostos aos malefícios bioquímicos de produtos que têm seu processo de produção ocultado, e somos ainda mais propensos a desenvolver doenças por intoxicação e ainda, os cânceres.
Assim, é necessário que sejam reavaliadas as formas de contenção de pragas em culturas alimentares, utilizando-se por exemplo, do controle biológico, em que preadores de pragas são usados para controlar o seu número, garantindo a colheita e a organicidade atóxica dos alimentos que serão vendidos, consumidos e comporão a bioquímica corporal dos indivíduos consumidores, evitando por exemplo, o uso do DDT, agrotóxico lipossolúvel, que se associa à camada adiposa corporal, e de difícil degradação.
Segundo o Ministério da Saúde, um dos critérios para prevenção de acidentes com agrotóxicos é comprar agrotóxicos somente com receita agronômica, o que na prática não funciona, pois a livre comercialização destes produtos é similar à conduta com medicamentos utilizados em humanos, como uma dipirona.
ResponderExcluirEstatísticas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), revelam que em 2013 foram registradas 3.070 notificações de intoxicações decorrentes do uso de agrotóxicos, o que permite uma média de 255 notificações mensais, com destaque para 515 notificações em outubro de 2013, observando que das 3.070, 74,8% correspondem ao estado do Goiás.
Os dados referidos não salientam as causas da intoxicação, permitindo-nos elencar as mais diversas possíveis como: acidente individual, coletivo e/ou ambiental, risco ocupacional, tentativa de suicídio ou até mesmo uso indevido, conforme dados registrados pelo Ministério da Saúde / Fio Cruz / Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas - SINITOX.
Conforme citado na postagem, os agrotóxicos não visam nem direto, nem indiretamente a maximização da produção para sanar a fome do mundo, mas apenas atender os objetivos capitalistas da barbanha do lucro sobre uma necessidade de agrícola.
Uma medida opcional ao uso de agrotóxicos é o controle biológico, que corresponde ao uso de um organismo que se alimenta naturalmente de um outro organismo (praga), provocando um equilíbrio natural do sistema pelo uso da teia alimentar.
É importante salientar que alguns agrotóxicos também utilizam organismos como fonte de produção, a exemplo dos fungicidas do grupo dos benzimidazóis (tiofanatometílico, carbendazim, benomyl), que degradam-se na planta formando metil-benzimidazol-carbamato (MBC) que, combinando com as aminas e os nitratos - transformados no organismo humano em nitrosaminas - formam um composto cancerígeno, o MBC-Nitrosamina, mas a principal diferença em relação ao controle biológico, é que estes organismo são utilizados em condições naturais para sanar estes problemas, sem maiores repercussões ao meio ambiente e seres humanos, apesar de um custo financeiro maior!
Com o avanço do capitalismo, as empresas em geral só visam o lucro, logo as indústrias químicas produtoras de agrotóxicos pouco se importam com os prejuízos que esses produtos trazem à saúde da população e ao meio ambiente, que como foi mostrado no post são inúmeros. No Brasil, a cada ano, cerca de 500 mil pessoas são contaminadas, segundo o Sistema Único de Saúde (SUS) e estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os brasileiros estão consumindo alimentos com resíduos de agrotóxicos acima do limite permitido e ingerindo substâncias tóxicas não autorizadas, já que há uma falta de controle no uso destas substancias químicas tóxicas e um desconhecimento da população em geral sobre os riscos e danos à saúde. O perigo dessas substâncias começa no próprio campo, com os agricultores que pulverizam os agrotóxicos nas lavouras. A exposição destes produtos de elevada toxidade sem a devida proteção pode ocasionar invalidez e até morte. Em seguida, o perigo chega à mesa do consumidor dos grandes e médios centros urbanos. Os vegetais e frutas disponíveis no mercado, de aspecto agradável podem esconder em sua película externa fragmentos de agrotóxicos utilizados na lavoura. Também é importante destacar que os metais pesados atuam como agrotóxicos quando lançados nos rios e oceanos; acumulando na cadeia alimentar, chegam pelas descargas dos rios contaminados. As principais fontes são as industriais, os garimpos e as lavouras, que aplicam cobre e zinco no combate aos fungos. Logo, uma maior fiscalização no uso desses produtos e o incetivo ao consumo de alimentos cultivados com adubos orgânicos, sementes resistentes e que utilizem um controle biológico de pragas seria o ideal. Muito interessante a postagem pois deu uma ideia bem geral sobre os perigos dessas substâncias que são bastante usadas no nosso dia a dia. Aguardo novas postagens!!!
ResponderExcluirMuito interessante o assunto abordado nesse post. Os agrotóxicos estão atualmente sendo usados em larga escala e com o surgimento da técnica de manipulação de alimentos, como os transgênicos, por exemplo, esse uso é feito em larga escala e a nível de Brasil a situação é preocupante. Segundo um estudo feito por Larissa Mies Bombardi, professora do Programa de Pós Graduação em Geografia Humana da USP do Departamento de Geografia – USP, Brasil lidera, desde 2009, o consumo mundial de agrotóxicos e, atualmente, o país responde – sozinho – pelo consumo de 1/5 de todo o agrotóxico produzido no mundo. A ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, fez em 2010 a coleta de
ResponderExcluiramostras de alimentos para o programa PARA – Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em alimentos. Foram coletados alimentos nos seguintes estados: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Nestes estados, a ANVISA avaliou os seguintes alimentos: abacaxi, alface, arroz, batata, beterraba, cebola, cenoura, couve, feijão, laranja, maçã, mamão, manga, morango, pepino, pimentão, repolho e tomate. O número de amostras insatisfatórias coletadas pela ANVISA foi superior a trinta por cento. Dentre as irregularidades encontradas, foram identificadas amostras em que havia utilização de agrotóxicos proibidos para o cultivo avaliado, amostras em que os resíduos de agrotóxicos eram superiores ao limite permitido e, ainda, aquelas em que havia as duas irregularidades. Dentre os resíduos de agrotóxicos não permitidos para alguns alimentos estava, por exemplo, o do ingrediente ativo Metamidofós, encontrado nas amostras dos seguintes produtos: alface, arroz, beterraba, cenoura, couve, mamão, morango,pepino, pimentão, repolho, tomate.De acordo com a ANVISA (2008), na Nota Técnica do Metamidofós, este ingrediente ativo é um organofosforado com ação inseticida e acaricida, “sua modalidade principal de ação nos insetos e nos mamíferos é pela diminuição da atividade da enzima acetilcolinesterase, importante para a função do sistema nervoso. Esta enzima é essencial na transmissão normal de impulsos nervosos.”Em função desta característica principal, ou seja, da inibição da enzima responsável pela neurotransmissão, há efeitos severos para a saúde humana, dentre estes “os distúrbios neurocomportamentais são os mais freqüentemente observados em indivíduos cronicamente intoxicados. (...) Os sintomas do tipo neuro-comportamentais em geral são: insônia, sonambulismo, sono excessivo, ansiedade, retardo de reações, dificuldade de concentração (...), labilidade emocional, distúrbios de linguagem, apatia, irritabilidade, alucinações, delírios, tremores, reações esquizofrênicas, (...) neuropatia periférica, parestesias, hiporreflexia, deficiência na coordenação neuro-motora e depressão”. ANVISA (2008, p.18). Frente a essas situações, percebemos o quão sério é este assunto e como o capitalismo impõe sua mão em busca do lucro e, nesse caso, em troca do prejuízo à nossa saúde.
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ResponderExcluirComo foi falado no blog, os agrotóxicos e fertilizantes causam uma série de problemas para a saúde, e mesmo com as regras da ANVISA, é sempre bom evitar produtos químicos na alimentação, nunca se sabe os malefícios a longo prazo que podem causar. Uma boa opção para fugir disso são os alimentos orgânicos. Além de serem isentos de agrotóxicos, os alimentos orgânicos tendem a ser mais saborosos que os tradicionais. O brócolis, o morango e o tomate, por exemplo, teriam um sabor muito mais pronunciado que aqueles cultivados normalmente. Há quem diga que a carne de galinha, porco e boi que se alimentam ao ar livre (criados sem confinamento) e não recebem hormônios de crescimento também têm sabor diferente, em comparação com os criados "industrialmente". Em geral, seriam carnes mais magras e mais saborosas.
ResponderExcluirOutro ponto que tem sido objeto de muita investigação, e que seria mais uma vantagem dos orgânicos, seria o fato desses alimentos apresentarem vantagens nutricionais. Embora ainda exista muita discussão a respeito desse assunto e não haja consenso científico sobre o tema, existem vários estudos sendo realizados na tentativa de provar que os produtos livres de agrotóxicos são também mais nutritivos que os convencionais.
Mesmo sabendo que a genética da planta, o clima, a irrigação e a época da colheita têm um impacto muito maior no conteúdo nutricional do que o tipo de fertilizante usado, natural ou artificial, existem estudos como o realizado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Botucatu, mostrando que cenouras cultivadas sem agrotóxicos têm uma maior durabilidade (tempo de conservação é maior) e apresentam maiores teores de vitamina A e betacaroteno.
Outro estudo, este realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), irá comparar os teores de carotenóides de cenouras e alfaces plantados sem pesticidas no cinturão verde de São Paulo com aqueles cultivados de modo convencional. A intenção é utilizar amostras que vêm direto do produtor, já que de acordo com os pesquisadores as análises com amostras cultivadas em hortas experimentais não refletiriam necessariamente a realidade das plantações.
As duas principais "desvantagens" dos alimentos orgânicos dizem respeito à aparência e ao custo. Por serem cultivados naturalmente, geralmente esses alimentos tendem a ser menores e ao mesmo tempo, alguns também podem apresentar manchas na casca devido aos ataques de insetos. A cor também pode não ser uniforme e tão intensa quanto a alcançada através da utilização de corantes ou ceras (o que é feito em alimentos convencionais).
Por isso, sempre que você observar frutas e hortaliças perfeitos, brilhantes, sem um mínimo defeito, pode ter certeza que nesse alimento houve aplicação de agrotóxico. Já os preços, geralmente um pouco mais altos do que os convencionais, é tido como um empecilho para que boa parte da população tenha acesso a essa alternativa saudável. De acordo com os entendidos, os preços só devem diminuir quando a produção e o consumo aumentarem, mas já existem pesquisas mostrando que sete em cada dez pessoas pagariam até 30% a mais por produtos sem aditivos químicos, desde que não houvesse dúvidas sobre sua procedência (pesquisa do Instituto Gallup). Então para o capitalismo não é muito interessante investir nos orgânicos não é? Aguardo novas postagens!
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ResponderExcluirIncentivadas pelo objetivo principal do Capitalismo que é a busca por lucro, as indústrias e corporações, tem usado de medidas que chegam, em muitos casos, a prejudicar a saúde e a vida das pessoas, como por exemplo, as fábricas, que em geral, poluem o meio ambiente, e também as farmacêuticas, de cosméticos, e, como muito bem demonstrado no texto, as corporações alimentícias, que muito tem contribuído para desenvolvimento de doenças. Esta última, especificamente, vem nos últimos anos, aumentando consideravelmente sua produção, (embora ainda sem sanar o problema da fome no mundo, com o qual a mesma não parece se importar), utilizando-se de produtos nocivos à saúde humana, como os agrotóxicos, (que passaram a ser chamados assim após grande mobilização da sociedade civil organizada, ao invés do termo “defensivo agrícola”), que são nada mais do que venenos agrícolas. Podendo ser chamados ainda de praguicidas ou pesticidas, tais produtos, tem ação de combate a insetos, larvas e formigas, e pertence a grupos químicos diferentes, como os organofosforados e os organoclorados. Podem ser destacadas como intoxicações derivadas do uso de agrotóxicos, doença mental, câncer, malformações e alterações na reprodução humana.
ResponderExcluirNeste viés, leis brasileiras como a Nº 7.802, de 11 de julho de 1989, que impõe restrições a estes produtos, se tornam um importante meio de promoção da saúde pública. Tal lei, entre outras coisas, proíbe agrotóxicos “que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica” e “que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e experiências atualizadas na comunidade científica”. Estas medidas foram importantes primeiros passos, mas precisa-se de maior fiscalização e punição de empresas que descumpram as normas estabelecidas e causem danos à saúde das pessoas. Só assim, e com a própria conscientização dos produtores de alimentos, pode-se ter talvez, uma produção de alimentos mais saudável e com menos danos à saúde da população. Aguardo novas postagens.
Referências:
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v42n3/v42n3a23.pdf
Os agrotóxicos são considerados extremamente relevantes no modelo de desenvolvimento da agricultura do Brasil, o maior consumidor de produtos agrotóxicos no mundo. Nosso tipo de produção não pode viver sem o veneno porque se baseia no domínio de uma só espécie vegetal, como a soja. Por isso, a cada dia, surgem novas superpragas, que, associadas aos transgênicos, têm exigido a liberação de agrotóxicos até então não autorizados para o Brasil. Contrário a isso, temos que os ingredientes ativos presentes nos agrotóxicos podem causar esterilidade masculina, formação de cataratas, evidências de mutagenicidade, reações alérgicas, distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos, pulmonares, no sistema imunológico e no sistema endócrino, ou seja, na produção de hormônios, desenvolvimento de câncer, dentre outros agravos à saúde. O uso de agrotóxicos está deixando de ser uma questão relacionada especificamente à produção agrícola e se transformando em um problema de saúde pública e preservação da natureza. O texto enfatizou bem os interesses que levam à utilização de agrotóxicos, bem como os danos causados, especialmente em relação aos organoclorados.
ResponderExcluirFonte:http://www.contraosagrotoxicos.org/index.php/campanha/o-que-e-a-campanha
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ResponderExcluirA postagem esclareceu muitos pontos relevantes quanto a influencia das grandes industrias químicas que dominam o mercado de na produção de venenos, fertilizantes e sementes, e esses grandes oligopólios visam somente o lucro, a utilização de agrotóxicoo é defendida por muitos como meio de controle de pragas, e assim asseguram que a produçãoagrícolaa garanta o abastecimento das grandes populações, ganhando assim o apoio de vários setores da economia, principalmente no Brasil que é um dos maiores produtoresagrícolass do mundo, de acordo com a legislação vigente, agrotóxicos são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos para uso no cultivo, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, para alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação de seres vivos nocivos, e como qualquer produtoquímicoo pode ser nocivo tanto para o ambiente como a fauna em geral, as industrias químicasgarantemem o mercado consumidor através de vários meios, fazendo com que haja a necessidade de consumir os produtos por ela fornecido, por exemplo o uso de pesticidas, contribui com o empobrecimento do solo, quando reduz a fixação de nitrogênio realizada por micro-organismos, processo conhecido por fixação biológica de nitrogênio (FBNé queue consiste na captação dnitrogênioio da atmosfera, onde se caracteriza pela sua forma molecular relativamente inerte (N2) e é convertido em compostos nitrogenados (como amônio ou nitrato) usados em diversos processos do solo, especialmente importantes para a nutrição de plantas, com esse processo interrompido o uso de fertilizantes é cada vez mais necessário, tendo o produtor que procurar fertilizantequímicosos no mercado. Assim como as bactérias adquirem resitência a antibióticos, os pesticidas também favorecem o surgimento de pragas progressivamente mais fortes, através de um processo de “seleção natural”, em que os animais mais resistentes aos agrotóxicos tomam o lugar das espécies mais suscetíveis, esse processo também acaba garantindo a manutenção da produção de agrotóxicos. Alguns dos meios para evitar a contaminação do solo e evitar o surgimento de novas especies de pragas, é fazer o controle biológico ou o uso de bio pesticidas, e para garantir a fertilidade do solo adotar no cultivo sementes que tenham sido inoculadas de bactérias diazotróficas (que retiram o nitrogênio da atmosfera), é uma tecnologia capaz de reduzir consideravelmente a adubação mineral nitrogenada e em alguns casos substituí-la.
ResponderExcluirhttp://ecycle.com.br/component/content/article/35/1441-os-problemas-causados-pelos-agrotoxicos-justificam-seu-uso.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fixa%C3%A7%C3%A3o_de_nitrog%C3%AAnio
http://www.agricultura.gov.br/vegetal/agrotoxicos